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A Câmara Municipal de São Sebastião aprovou por unanimidade, em sessão na noite de terça-feira (21/10), a Moção nº 37/2025, de autoria do vereador Pedro Renato da Silva, que manifesta repúdio à conduta do diretor-presidente da Companhia Docas de São Sebastião (CDSS), Alexandre Ernesto Corrêa Sampaio (à esq. na foto). A proposta foi apresentada logo após a visita institucional realizada ao Porto de São Sebastião, na manhã da última terça-feira, que contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do deputado federal Maurício Neves, do prefeito Reinaldinho Moreira e de vereadores do município. Conforme a moção e relatos apresentados em plenário, os representantes municipais foram “mal recebidos pelo dirigente da CDSS, que teria demonstrado falta de cordialidade e respeito com as autoridades locais durante a passagem da comitiva”. Reinaldinho chegou a ser barrado de uma reunião.
“O Porto está em São Sebastião. É inadmissível que representantes eleitos pelo povo e o próprio prefeito sejam tratados dessa forma por quem administra um equipamento público dessa importância”, afirmou o autor da moção, vereador Pedro Renato, ao defender a matéria no plenário Zino Militão dos Santos. Ele destacou que o objetivo da moção é reafirmar o respeito institucional entre os poderes, sem qualquer oposição ao desenvolvimento portuário. “O que pedimos é respeito institucional. O Porto faz parte do nosso território e tem impacto direto sobre a vida da população. Nenhum gestor pode ignorar isso”, acrescentou.
Outros vereadores manifestaram apoio à iniciativa. João Paulo Teixeira lembrou que a Câmara vem mantendo diálogo constante com os governos estadual e federal sobre o processo de expansão portuária e ressaltou a importância da cooperação e transparência nas relações institucionais. “A cidade apoia o desenvolvimento, mas exige que ele aconteça com respeito e responsabilidade. A moção expressa exatamente isso”, afirmou João Paulo.
O presidente da Câmara, Edgar Celestino, reforçou o tom de indignação e disse que o Legislativo “não poderia se calar diante de um episódio lamentável”. “Estivemos lá em comitiva, acompanhando o ministro, o prefeito e o deputado. Fomos tratados de forma inaceitável. Esta moção é uma resposta da cidade de São Sebastião à falta de respeito com suas autoridades”, declarou.
A Moção de Repúdio nº 37/2025 foi aprovada por unanimidade e será encaminhada à diretoria da Companhia Docas de São Sebastião, ao Ministério de Portos e Aeroportos e à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil).
Prefeito diz não ter relação com a Cia Docas
Na chegada do ministro de Portos e Aerportos, Silvio Costa Filho, no Porto de São Sebastião, Reinaldinho reclamou da dificuldade de diálogo com a Companhia Docas. “Temos um diálogo constante com o ministro Silvio, com o Ministério de Portos que tem uma proximidade muito forte. Não temos a mesma relação com o. presidente do porto, que cria uma distância muito grande com o município. Estamos tentando aproximar para que o município não fique fora dessa discussão do porto”, declarou o prefeito. Pouco depois, ele foi barrado pelo presidente da Companhia Docas de participar de uma reunião com o ministro em uma sala da sede administrativa do porto.
Sindicato repudia
A Intersindical da Orla Portuária de São Sebastião também emitiu um manifestou de “repúdio à atitude do presidente da Companhia Docas de São Sebastião, Ernesto Sampaio, que, em um ato de desrespeito institucional, impediu a participação do prefeito de São Sebastião, Reinaldo Moreira, em uma reunião oficial realizada com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, além de outros prefeitos da região e parlamentares. Em um momento em que o Brasil vive sob o regime pleno da democracia e do diálogo, é inadmissível que um gestor público, responsável por uma empresa estatal, adote postura excludente e autoritária, especialmente em um tema de tamanha relevância para o futuro da cidade e de seus trabalhadores: a discussão sobre a privatização do Porto de São Sebastião”.
A entidade salientou que o prefeito Reinaldinho “tem se posicionado de forma responsável e coerente, defendendo uma proposta que busca equilíbrio entre o público e o privado, garantindo que a cidade e os trabalhadores portuários não sejam prejudicados por decisões unilaterais. A atitude do presidente das Docas fere o princípio da transparência, da democracia participativa e do respeito às autoridades locais, além de demonstrar desprezo pelo diálogo social e institucional que deve nortear as decisões sobre o futuro do Porto de São Sebastião”.
Companhia Docas
Em nota, a Companhia Docas de São Sebastião (CDSS), vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), informa que a agenda foi aberta a autoridades municipais, representantes sindicais, trabalhadores e funcionários da comunidade portuária, que tiveram amplo acesso aos participantes da reunião. “A CDSS mantém relação permanente e institucional com o poder público municipal, sindicatos e a comunidade, com reuniões regulares e canais de diálogo ativos”.
Fonte: https://l1nq.com/sUEQ2