A Cesta Básica Alimentar teve uma alta de 2,06% em julho no Litoral Norte, em comparação ao mês de junho. Isso é o que aponta a pesquisa realizada pelo Centro Universitário Módulo, do Grupo Cruzeiro do Sul Educacional, nos quatro municípios da região.

A pesquisa utiliza metodologia similar à aplicada pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – em São Paulo para verificar os preços e as variações de 13 produtos básicos de alimentação.

O objetivo da pesquisa é identificar a variação dos preços dos produtos que compõem a Cesta Básica Alimentar nos municípios do Litoral Norte e possibilita, também, comparar com a variação dos preços de outras regiões do país. A coleta de preços é feita mensalmente em 12 supermercados, três em cada um dos municípios.

Resultado no mês julho

O preço da Cesta Básica do Litoral Norte apresentou alta no mês de julho em comparação ao mês de junho. Todos os municípios apresentaram variações positivas: Caraguatatuba (2,65%), Ilhabela (2,79%), São Sebastião (1,61%) e Ubatuba (1,00%)

A média do preço da cesta nos municípios era de R$ 805,51 em junho e em julho foi para R$ 822,08 representando um aumento de (2,06%).

O comportamento da Cesta Básica em julho foi influenciado por uma conjuntura de fatores, destacando-se os efeitos adversos das condições climáticas sobre a produção de hortifrútis, que resultaram em menor oferta e, consequentemente, pressão sobre os preços desses itens.

Paralelamente, a retração nas exportações de determinados produtos elevou a oferta interna, contribuindo para a estabilidade ou redução de preços em outros componentes da cesta.

O preço da cesta básica mais elevado foi registrado no município São Sebastião com R$ 865,54 e o menor preço em Ubatuba, que chegou a R$ 772,82. A diferença entre a cidade que tem a cesta básica mais cara em relação a mais barata (Ubatuba) foi de 12%.

Em julho, 11 dos 13 produtos que compõem a cesta apresentaram alta nos preços na comparação com o mês de junho e apenas dois tiveram redução.

Os produtos que apresentaram maiores altas no mês de julho foram: banana (+52,59%) e tomate (+ 7,60%). Os produtos que apresentaram baixas foram a batata (- 16,97%) e a carne (- 1,22%).

O aumento no preço da banana é consequência da queda na oferta com a entrada do inverno, período em que há uma redução da produção nas regiões sul e sudeste. A produção deve ser normalizada com a chegada de uma nova safra no mês de setembro.

A alta no preço do tomate é consequência de dois fatores principais: o excesso de oferta registrado no ano de 2024, que desestimulou novos plantios, e as ondas de frio intenso em regiões produtoras, que afetaram a produtividade das lavouras.

A queda no preço da batata é resultado da chegada de uma nova safra, que elevou a oferta do produto no mercado. A expectativa é de que os preços se mantenham estáveis nos próximos meses, com o auge da colheita.

Já a redução no preço da carne está relacionada à diminuição das exportações, o que aumentou a disponibilidade do produto no mercado interno.

Equipe Técnica

A equipe técnica da pesquisa tem os professores do Módulo Me. Tcharla Bragantin, Me. Ivan Carlos e Me. Odir de Almeida e as alunas Gláucia Ernesto Lúcio Ferreira e Annelise Cardoso de Lima.

Fonte: https://l1nq.com/0Tjgu