A Cesta Básica Alimentar teve uma redução de 1,8% em agosto no Litoral Norte, em comparação ao mês anterior. Isso é o que aponta a pesquisa realizada pelo Centro Universitário Módulo, do Grupo Cruzeiro do Sul Educacional, nos quatro municípios da região.

A pesquisa utiliza metodologia similar à aplicada pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – em São Paulo para verificar os preços e as variações de 13 produtos básicos de alimentação.

O objetivo da pesquisa é identificar a variação dos preços dos produtos que compõem a Cesta Básica Alimentar nos municípios do Litoral Norte e possibilita, também, comparar com a variação dos preços de outras regiões do país. A coleta de preços é feita mensalmente em 12 supermercados, três em cada um dos municípios.

Resultado no mês de agosto

O preço da Cesta Básica do Litoral Norte apresentou queda no mês de agosto em comparação ao mês de julho. Todos os municípios apresentaram variações negativas: Caraguatatuba (-4,72%), Ilhabela (-0,96%), São Sebastião (-0,45%) e Ubatuba (-1,25%).

A média do preço da cesta nos municípios era de R$ 822,08 em julho e em agosto recuou para R$ 807,31 representando uma queda de 1,8%.

Em agosto, oito dos 13 produtos que compõe a cesta apresentaram alta nos preços na comparação com o mês de julho, quatro apresentaram redução e um se manteve estável.

Os produtos que apresentaram maiores altas foram: batata (+49,07%) e banana (+ 26,48%). Os produtos que apresentaram baixas foram o arroz (-18,81%), o tomate (-17,39%) e a carne (- 7,50%).

A redução no preço do tomate está diretamente ligada ao aumento da oferta no mercado. Esse movimento ocorre com a entrada de uma nova safra, que amplia a disponibilidade do produto nos centros de distribuição. Além disso, as condições climáticas mais favoráveis em algumas regiões elevaram a produtividade, resultando em maior volume colhido e, consequentemente, em preços mais baixos.

Já no caso do arroz, a queda de preços está associada às boas safras recentes e às condições climáticas favoráveis, que contribuíram para elevar a produtividade e ampliar a disponibilidade do grão no mercado interno. Esse excesso de oferta frente à demanda pressionou os preços para baixo.

Já a redução no preço da carne bovina está relacionada ao aumento da oferta no mercado interno. Esse movimento é resultado do ciclo pecuário e ao aumento de tarifas para exportação, que redireciona parte da produção para o consumo interno.

O aumento no preço da batata reflete o recente movimento observado no setor de hortifrúti, em que o abastecimento foi impactado por fatores sazonais e pelo aumento dos custos de produção. Essa combinação reduz a disponibilidade do produto no mercado e exerce pressão sobre os preços, resultando na alta atual.

Equipe técnica

A equipe técnica da pesquisa tem os professores do Módulo Me. Tcharla Bragantin, Me. Ivan Carlos e Me. Odir de Almeida e as alunas Annelise Cardoso de Lima, Amanda Maria Cardoso Comella, Isabella Tavares de Araújo, Jessica Gomes Conceição, Manuela Umbelino Feliz e Yasmin Ramos Sales.

Fonte: https://l1nq.com/KESeu